terça-feira, 16 de outubro de 2007

Doze Homens e uma Sentença

Assisti o filme. Como é fácil condenar. Como somos seres com pré - conceitos estabelecidos e formadores de juízos errôneos. Julgamos com muita facilidade. A maioria das pessoas julga somente pelas evidências. Não buscam a raiz dos problemas por comodidade e medo. Às vezes não temos coragem de lutar e expor nosso pensamento, temos medo de colocar nossas dúvidas e incertezas e passarmos por pessoas \'\'diferentes\" do grande grupo. Isso pode acontecer na escola também Temos receio que nos vejam como pessoas antipáticas e acabamos concordando porque é mais fácil. Quantos de nós temos colegas, que no grande grupo, não têm coragem de expor seu pensamento com medo das críticas? É um ato de coragem se expor e lutar por algo em que se acredita.
O filme nos mostra que vivemos em uma sociedade onde cada um está preocupado com seus problemas, com sua vida. Vivemos num ostracismo muito grande. Este ostracismo o filme mostra de forma impressionante: cada um dos onze jurados tem os seus problemas e querem se livrar da situação atual o mais rápido possível não se importando com a vida do próximo.

Poesias

O Relógio ( Vinicius de Moraes)
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac . . .


O Mosquito Escreve (Cecília Meileles in “Ou isto ou aquilo”)
O Mosquito pernilongotrança as pernas, faz um M,depois, treme, treme, treme,faz um O bastante oblongo,faz um S.
O mosquito sobe e desce.Com artes que ninguém vê,faz um Q,faz um U e faz um I.
Esse mosquito esquisito cruza as patas, faz um T.
E aí, se arredonda e faz outro O,mais bonito.
Oh!já não é analfabeto, esse inseto, pois sabe escrever o seu nome.
Mas depois vai procurar alguém que possa picar,pois escrever cansa, não é, criança?
E ele está com muita fome.


A Boneca (Olavo Bilac)

Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: "É minha!"
— "É minha!" a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca . . .

As Meninas

O senhor ao fundo, saindo pela porta, ou entrando. Pode ser que ele esteja abrindo a porta, mas pode ser o contrário, ele está ali fechando a porta.
Quem será ele? Um criado qualquer? O pai das pajens?
O cão deitado aos pés do menino anão me passa uma idéia de tédio, cansaço, aceitação servil. Seria assim que o pintor se sentia diante dos desejos dos soberanos?

O quadro é um auto-retrato do pintor. Ele se retrata junto à realeza, mas não como parte principal, fato demonstrado pela luz, que reflete nele de maneira mais indireta e na Infanta mais diretamente.Parece que os reis estão presentes na cena, refletidos pelo espelho, que também aparece bem iluminado. Mas o que será que realmente ele pintava?

O que mais me chamou a atenção foi a menina loira do centro. Eu entrei no quadro a partir dela. A luz incidindo sobre ela é algo muito bonito de se ver. Outro fato que me chamou a atenção foi o pintor, parece que ele está olhando diretamente para a pessoa que observa a foto juntamente com a menina anã que também parece nos observar. Parece que nós, os observadores, é que estamos sendo retratado pelo pintor.